Além do público presente na praça, alunos de escolas municipais também assistiram à pocket shows
Uberlândia recebeu no último final de semana, dia 3 de agosto, um evento que ficará para a história da cidade. O Fundinho Festival arrebatou corações do público de Uberlândia e de cidades da região. Uma festa a altura dos 131 anos da cidade, realizada sob a coordenação visionária da Moinho Cultural, com os patrocínios do Sistema Martins, por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura de Uberlândia e da Algar Telecom, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.
O evento transformou a Praça Clarimundo Carneiro num espaço aconchegante e charmoso. Tudo para mostrar tantos talentos do jazz e blues e receber 7 mil visitantes ao longo do dia. Foram sete horas de programação sem intervalo nos dois palcos do Festival por onde passaram seis grupos com 28 músicos de vários lugares do Brasil.
Com muito capricho em todos os detalhes, já na entrada, a maestria do cenário de boas-vindas e a pontualidade de início às 16h mostraram como um evento aberto ao público pode ser realizado com qualidade. Pouco antes da primeira banda se apresentar, visitantes já circulavam pelo espaço apreciando as cervejas artesanais, as comidas de boteco e tudo que a praça de alimentação tinha a oferecer.
Quem abriu o Fundinho Festival foi o Dog Brother’s Quinteto, grupo de Uberlândia que mistura a irreverência e adrenalina do jazz dos cabarés com outros ritmos como: ska, afrobeat e reggae.
“A organização do Fundinho Festival está impecável. Estamos super felizes de estar ao lado de grandes nomes da música instrumental brasileira, cultuando a música de John Coltrane e Milles Davis. É um prazer enorme estar nesse Festival. Antes, vínhamos como ouvintes, hoje, temos o privilégio de abrir e estar nesse convívio”, afirmam J.P China e Lustosa, da Dog Brother’s Quinteto.
Na sequência, Miltons convidou Fernando Rodovalho e Luís Otávio para homenagearem Milton Nascimento e Tom Jobim. Em seguida, a banda Black Bone mostrou a importância da guitarra para o blues. O próximo a se apresentar foi Di Stéffano Quarteto, colocando a bateria em destaque. André Youssef Trio (São Paulo) surpreendeu o público com suas versões para clássicos do jazz, blues e rock and roll. Para selar a noite, às 21h subiu ao palco Rosa Marya Colin e o gaitista Jefferson Gonçalves que esbanjaram simpatia e talento.
“Praça cheia, público amarradão e com astral lá em cima. Estes são todos os ingredientes para uma noite muito boa. Estou muito feliz e quero voltar sempre”, ressaltou o gaitista Jefferson Gonçalves.
“Difícil falar sobre a qualidade de artistas que nos honraram com tanto talento nesse Festival. Do início ao fim, pessoas aplaudiram, ovacionaram, se emocionaram prestigiando os músicos de Uberlândia, de Araxá e das capitais Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Um repertório abrangente, com ritmos brasileiros, afro, jazz, pop, blues”, disse Marco Túlio Morais, diretor de programação do Fundinho Festival.
Quem também fez um balanço positivo sobre o evento foi o coordenador do evento, Marcelo Mamede. “Foi muito gratificante acompanhar a receptividade do público com a grande diversidade do jazz e blues apresentada pelo festival”, enfatiza.
“O Fundinho Festival trouxe dois gêneros não muito populares no Brasil. Quando tem esse tipo de evento, é caro, e quando tem, é mais comum acontecer nas capitais. Foi um presente. As atrações trouxeram músicas e releituras de alto gabarito, sem contar a estrutura. Fomos muito bem recebidos, desde crianças a idosos e todos conseguiram assistir”, disse o desenvolvedor de software, Raphael Gonçalves Ribeiro.
A nutricionista Renata Macedo Alvarenga, de Monte Alegre de Minas disse que o evento foi maravilhoso. “Eu e minha família comparecemos todo ano, pois gostamos principalmente do Blues. Esse ano foi de um dia e foi muito bom”, comentou.
Fundinho Festival também nas escolas
Além dos shows realizados na Praça, cerca de 500 alunos de duas escolas municipais de municipais de Uberlândia, a Eurico Silva e a Afrânio Rodrigues da Cunha, receberam pocket shows de dois dos grupos musicais que se apresentaram no Festival, Dog Brother’s e Black Bone.
A iniciativa visa a formação de plateia, aproximando os estudantes destes dois gêneros musicais, jazz e o blues, além de democratizar o acesso de outros públicos que normalmente não prestigiariam as apresentações.
Mais detalhes sobre o evento: instagram, facebook e twiter – fundinhofestival